O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social.
Em maio de 2013 foi lançada a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), que trouxe algumas mudanças importantes, entre elas novos diagnósticos e alterações de nomes de doenças e condições que já existiam.
Nesse manual, o autismo, assim como a Síndrome de Asperger, foi incorporado a um novo termo médico e englobador, chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Com essa nova definição, a Síndrome de Asperger passa a ser considerada, portanto, uma forma mais branda de autismo. Dessa forma, os pacientes são diagnosticados apenas em graus de comprometimento, dessa forma o diagnóstico fica mais completo.
O Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de “Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia”, de acordo com o DSM-V.

Causas

As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa. Provavelmente, há uma combinação de fatores que levam ao autismo. Sabe-se que a genética e agentes externos desempenham um papel chave nas causas do transtorno. De acordo com a Associação Médica Americana, as chances de uma criança desenvolver autismo por causa da herança genética é de 50%, sendo que a outra metade dos casos pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação.
De qualquer maneira, muitos genes parecem estar envolvidos nas causas do autismo. Alguns tornam as crianças mais suscetíveis ao transtorno, outros afetam o desenvolvimento do cérebro e a comunicação entre os neurônios. Outros, ainda, determinam a gravidade dos sintomas.
Quanto aos fatores externos que possam contribuir para o surgimento do transtorno estão a poluição do ar, complicações durante a gravidez, infecções causadas por vírus, alterações no trato digestório, contaminação por mercúrio e sensibilidade a vacinas.A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que ela atinja 2 anos. As crianças com autismo normalmente têm dificuldade em:
  • Brincar de faz de conta
  • Interações sociais
  • Comunicação verbal e não verbal
Algumas crianças com autismo parecem normais antes de um ou dois anos, mas de repente "regridem" e perdem as habilidades linguísticas ou sociais que adquiriram anteriormente. Esse tipo de autismo é chamado de autismo regressivo.
Uma pessoa com autismo pode:
  • Ter visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis (por exemplo, eles podem se recusar a usar roupas "que dão coceira" e ficam angustiados se são forçados a usálas)
  • Ter uma alteração emocional anormal quando há alguma mudança na rotina
  • Fazer movimentos corporais repetitivos
  • Demonstrar apego anormal aos objetos.
Os sintomas do autismo podem variar de moderados a graves.
Os problemas de comunicação no autismo podem incluir:
  • Não poder iniciar ou manter uma conversa social
  • Comunicar-se com gestos em vez de palavras
  • Desenvolver a linguagem lentamente ou não desenvolvê-la
  • Não ajustar a visão para olhar para os objetos que as outras pessoas estão olhando
  • Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água")
  • Não apontar para chamar a atenção das pessoas para objetos (acontece nos primeiros 14 meses de vida)
  • Repetir palavras ou trechos memorizados, como comerciais
  • Usar rimas sem sentido
Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem sempre a criança apresentará todos eles. Entre os grupos de sintomas que podem afetar uma pessoa com autismo estão:

Interação social

  • Não faz amigos
  • Não participa de jogos interativos
  • É retraído
  • Pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual
  • Pode tratar as pessoas como se fossem objetos
  • Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado
  • Mostra falta de empatia
  • Crianças, em geral, dão os primeiros sinais de autismo logo no primeiro ano de vida. Se você notar qualquer sinal do transtorno em seu filho, converse com um médico. Ele poderá recomendar exames específicos. Os comportamentos da criança de alerta são:
    • Não responder com sorriso ou expressão de felicidade aos seis meses
    • Não imitar sons ou expressões faciais aos nove meses
    • Não balbuciar aos 12 meses
    • Não gesticular aos 12 meses
    • Não dizer nenhuma palavra aos 16 meses
    • Não dizer frases compostas de pelo menos duas palavras aos 24 meses
    • Tratamento
    • Perder habilidades sociais e de comunicação em qualquer idade.Não existe cura para autismo, mas um programa de tratamento precoce, intensivo e apropriado melhora muito a perspectiva de crianças pequenas com o transtorno. A maioria dos programas aumentará os interesses da criança com uma programação altamente estruturada de atividades construtivas. Os recursos visuais geralmente são úteis.
      O principal objetivo do tratamento é maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas do autismo e do suporte ao desenvolvimento e aprendizado.
      Mas a forma de tratamento que tem mais êxito é o que é direcionado às necessidades específicas da criança. Um especialista ou uma equipe experiente deve desenvolver o programa para cada criança. Há várias terapias para autismo disponíveis, incluindo:
      • Terapias de comunicação e comportamento
      • Medicamentos
      • Terapia ocupacional
      • Fisioterapia
      • Terapia do discurso/linguagem
      Existem diversos programas para tratar problemas sociais, de comunicação e de comportamento que estejam relacionados ao autismo. Alguns desses programas focam na redução de problemas comportamentais e na aprendizagem de novas habilidades. Outros procuram ensinar crianças a como agir em determinadas situações sociais e a como se comunicar propriamente. Um desses programas é a ABA, sigla em inglês para Análise Aplicada do Comportamento, muito utilizado em crianças pequenas com algum distúrbio dentro do espectro do autismo. A ABA usa uma abordagem de aprendizado individual que reforça a prática de várias habilidades. O objetivo é que a criança se aproxime do funcionamento normal do desenvolvimento. Os programas de ABA normalmente são feitos na casa da criança sob a supervisão de um psicólogo comportamental.
      Outro programa bastante recorrente como alternativa de tratamento é o TEACCH (sigla em inglês para Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados à Comunicação), que utiliza outros recursos visuais que ajudam a criança a trabalhar de forma independente e a organizar e estruturar seu ambiente.
      O TEACCH tenta melhorar as habilidades e a adaptação de uma criança, ao mesmo tempo que aceita os problemas associados aos distúrbios dentro do espectro do autismo. Diferentemente dos programas de ABA, os programas TEACCH não esperam que as crianças atinjam o desenvolvimento normal com o tratamento.

      Medicamentos

      Não existem medicamentos capazes de tratar os principais sintomas do autismo, mas, muitas vezes, são usados medicamentos para tratar problemas comportamentais ou emocionais que os pacientes com autismo apresentem, como agressividade, ansiedade, problemas de atenção, compulsões extremas que a criança não pode controlar, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, alterações de humor, surtos, dificuldade para dormir e ataques de raiva.

      Fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/temas/autismo


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